Malária: transmissão, sintomas e tratamento

A malária é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitida ao homem pela picada de mosquitos do gênero Anopheles

A malária humana é causada por quatro espécies diferentes de Plasmodium: Plasmodium Falciparum, Plasmodium Vivax, Plasmodium Ovale e Plasmodium Malariae.

Destes, o P. falciparum é particularmente perigoso, pois pode causar infecções fulminantes e é resistente aos medicamentos antimaláricos comuns.

A infecção por P. falciparum pode ser fatal, principalmente em crianças, idosos e gestantes.

A malária é um grande problema de saúde global e é a principal causa de morbidade e mortalidade em muitos países

É especialmente difundido nas regiões tropicais e subtropicais do planeta, onde causa mais de 300 milhões de infecções e cerca de um milhão de mortes por ano.

Na Itália, desapareceu desde a década de 1950; os casos que ocorrem em nosso país são principalmente o resultado de turistas que retornam de países afetados pela malária e imigração desses países.

Transmissão da malária

A infecção é transmitida aos humanos pela picada de uma fêmea do mosquito anopheles que já havia picado uma pessoa doente.

O parasita se multiplica no mosquito e, por meio de sua picada (que não causa coceira ou dor), infecta o novo hospedeiro.

Assim começa o período de incubação, durante o qual os parasitas se desenvolvem no fígado humano de forma completamente assintomática.

O período de incubação pode ser curto (7-14 dias para infecção por P. falciparum, 8-14 para P. vivax e P. ovale e 7-30 dias para P. malariae) ou pode durar vários meses (como para algumas cepas de P. vivax e P. ovale).

De qualquer forma, após esse período, os plasmódios conseguem escapar do sistema imunológico e chegar ao sangue, onde atacam e destroem os glóbulos vermelhos, iniciando assim a fase sintomática.

Malária: quais são os sintomas

Os sintomas da malária são variáveis ​​e dependem de muitos fatores, principalmente da espécie do plasmódio infectante e do estado geral de saúde da pessoa infectada.

A doença geralmente se apresenta com febre, calafrios, dor de cabeça, sudorese difusa, dores musculares, anemia, problemas gastrointestinais, vómitos e dor abdominal.

Nos casos mais graves (causados ​​principalmente por P. falciparum), a malária pode causar convulsões, icterícia, insuficiência renal, insuficiência respiratória, hemorragia, alteração do estado de consciência e coma, e até evoluir para óbito.

Os ataques de malária, causados ​​pela liberação de parasitas na corrente sanguínea, ocorrem em intervalos de aproximadamente 48 ou 72 horas, dependendo do tipo de parasita.

Geralmente duram entre 8 e 12 horas. Eles começam com calafrios, seguidos por febre forte, náusea e dor generalizada.

O episódio de malária termina com uma fase de sudorese profusa, durante a qual a febre diminui, mas deixa o doente cansado e exausto.

Diagnóstico e tratamento da malária

O diagnóstico clínico é baseado na observação dos sintomas do paciente.

No entanto, a única maneira de fazer um diagnóstico definitivo da malária é detectar a presença do parasita ou de seus componentes no sangue por meio de exames laboratoriais.

A hemoscopia direta, ou seja, a observação direta ao microscópio de uma gota de sangue colhida através de uma picada no dedo, é considerada o método 'Gold Standard'.

O exame deve ser realizado em uma gota grossa de sangue ou em um esfregaço fino: o primeiro facilita o diagnóstico principalmente no caso de um baixo número de parasitas, o segundo ajuda a estabelecer a espécie.

A malária requer diagnóstico e tratamento muito precoces, mas os plasmódios tornaram-se altamente resistentes a quase todos os medicamentos antimaláricos, especialmente a cloroquina, o antimalárico mais barato e mais utilizado.

Como resultado, novas combinações de medicamentos estão sendo cada vez mais usadas.

Cuidados especiais devem ser tomados ao tratar mulheres grávidas com malária, especialmente no último trimestre.

Pacientes que sofrem de malária grave por P. falciparum ou que não podem tomar medicação oral devem ser tratados por infusão intravenosa contínua.

O melhor tratamento disponível, particularmente para a malária por Plasmodium falciparum, é a terapia combinada à base de artemisinina (ACT).

Profilaxia da malária

É importante lembrar que não existe profilaxia farmacológica que ofereça proteção completa.

Todos os medicamentos disponíveis apresentam efeitos colaterais de graus variados que diminuem a tolerância e, consequentemente, reduzem a adesão ao tratamento.

Além disso, medicamentos antimaláricos são algumas vezes contraindicados, especialmente em crianças pequenas e mulheres grávidas, e a combinação com outros medicamentos pode ser desaconselhável.

A escolha das drogas a serem utilizadas deve levar em consideração as diferentes espécies de plasmódios e, sobretudo, a distribuição geográfica do P. falciparum (resistente à cloroquina).

A proteção contra mosquitos ainda é a melhor defesa contra a infecção da malária.

Aqui estão algumas dicas para prevenir o contato com o mosquito Anopheles e evitar sua picada

  • dormir em quartos com redes nas janelas ou usar mosquiteiros, de preferência impregnados com inseticida;
  • use roupas que não deixem partes do corpo descobertas (camisas de manga comprida, calças compridas etc.) e prefira roupas de cores claras (cores escuras atraem mosquitos);
  • aplique repelentes de insetos na pele (tendo em conta que o suor reduz seu efeito) e use sprays repelentes de mosquitos ou dispensadores de inseticidas no quarto à noite;
  • evite, se possível, sair à noite (quando os mosquitos costumam picar);
  • evite ficar perto da água e em áreas úmidas.

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Fonte:

Páginas médicas

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