Tríade de Virchow: os três fatores de risco para trombose

A tríade de Virchow (pronuncia-se: 'virciu') na medicina descreve as três grandes categorias de fatores de risco que se acredita contribuir sinergicamente para a trombose

Os três fatores da tríade de Virchow são:

  • Hipercoagulabilidade sanguínea.
  • Alterações hemodinâmicas (como diminuição do fluxo, estase, turbulência).
  • Lesão/disfunção do endotélio da parede do vaso sanguíneo.

A tríade tem o nome do eminente médico alemão Rudolf Virchow (1821-1902)

Entretanto, os elementos que compõem a tríade de Virchow não foram propostos por Virchow nem ele jamais sugeriu uma tríade para descrever a patogênese da trombose venosa.

De fato, foi apenas décadas após sua morte que se chegou a um consenso que levou à formulação da teoria de que a trombose é o resultado de alterações no fluxo sanguíneo, dano endotelial vascular ou alterações na constituição do sangue.

No entanto, a compreensão moderna dos fatores que levam à embolia é semelhante à descrição dada por Virchow.

Apesar de suas origens, após 100 anos, a tríade de Virchow continua sendo um conceito muito útil para médicos e patologistas na compreensão dos fatores subjacentes à trombose.

A tríade de Virchow consiste em três elementos:

  • Fenômenos de interrupção do fluxo sanguíneo: Estase sanguínea. A primeira categoria, alterações no fluxo sanguíneo normal, refere-se a diversas situações. Estes incluem estase venosa, estenose mitral, imobilidade prolongada (como um longo período na cama ou no carro) e varizes. A equivalência da versão de Virchow e a versão moderna tem sido contestada.
  • Fenômenos associados à irritação do vaso e seus arredores: Dano endotelial ou dano à parede do vaso. A segunda categoria, lesão e/ou trauma no endotélio, inclui ruptura do vaso e dano resultante de tensão de cisalhamento ou hipertensão. Esta categoria consiste em fenômenos de superfície e contato com superfícies pró-coagulantes, como bactérias, fragmentos de materiais estranhos, implantes de biomateriais ou dispositivos médicos, membranas plaquetárias ativadas e membranas de monócitos durante inflamação crônica
  • Fenômeno de coagulação do sangue: Hipercoagulabilidade. A última categoria, alterações na constituição do sangue, tem inúmeros fatores de risco possíveis, como hiperviscosidade, deficiência de antitrombina III, deficiência de proteína C ou S, fator V de Leiden, síndrome nefrótica, alterações após trauma grave ou queimaduras, metástases de câncer, gravidez e parto, raça, idade avançada, tabagismo, anticoncepcionais hormonais e obesidade. Todos esses fatores de risco podem causar hipercoagulabilidade (coagulação do sangue com muita facilidade).

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